Europa e
Euro
A vida é uma caixinha de surpresas. E às vezes, a
gente costuma resmungar, que a vida é um saco. Mas, é também, saco de
surpresas. Insignificantes mortais diante deste todo universal regido pelo Pai
Eterno. O tempo e o tudo e o saber que o rege e faz o acontecer da Vida!
Originária da Itália, minha família, tanto a paterna quanto
a materna. Italianos, cruzaram o Atlântico em navios a vapor, precárias
condições, motivados por um misto de aventura e de dificuldades de sua pátria e
atraídos por melhores condições em um país que lhes ofertava mão de obra,
terras virgens a serem cultivadas e sonhos de um futuro promissor, Brasil!
Meu Pai, de
geração nascida no Brasil, falecido em 1980, era pessoa, pode-se dizer,
esclarecida para seu tempo. Guarda-livros formado, hoje corresponderia a
Economista na titulação, me nominou em 1949, Euro. Então apenas nos dicionários
da época e ate hoje, significando, vento do Nascente ou do Leste. Para nós do
Brasil, sopra do Atlântico, do Velho Continente.
Agora, no rolar
desta aventura de vida, abre-se o saco dos ventos e do tempo desta nova Odisseia
e surge toda uma turbulenta nomenclatura, com euros para todo lado, designando
moeda importante, termo e marca para inúmeras coisas, produtos, comércio, indústria,
transporte, serviços e etc.
Enfim, a vida se espelha. Aventuras contidas e
formatadas para serem vividas na cibernética destinação deste mundo saco e seus
ventos loucos.
Dito isto, até onde consigo interpretar, vamos ao que
interessa ao Euro/Europa. Então, tenho por direito, seguindo a legislação,
requerer cidadania italiana da qual abro mão, por não ver interesse. Mas meu
filho Órion a requereu e obteve, morando a princípio na Itália e agora,
Inglaterra, Londres.
Assim, em 2013, Agosto, relutante eu fui visitá-lo
ciceroneado pela minha sobrinha Yasmine, que merece o céu pela sua paciência
com “questo Vecchio quá”. Viajamos do Rio, voando Iberia a Madrid e a British para
Londres. Eu disse relutante, pelo fato de no passado, ter prometido a minha
esposa Ana, que após sua aposentadoria nós iríamos visitar a Europa. A doença a
tolheu sem que tivesse condição de fazer acontecer esta viagem. Daí a
relutância advinda deste sentimento do qual a lembrança sempre me deixa a
contragosto. Mas é preciso viver, e ela Ana, vive comigo, em meu íntimo, no
caráter que me ajudou a moldar. Eu devo muito, quase tudo a ela, e faço no
prosseguir para nossos filhos, nossos netos, minha família toda, Mãe, irmãos,
parentes, a todos Graças a Deus e a vida, quero bem!
Então Europa, fui!. Euro foi lá. Destino. Londres,
Paris e proximidades.
Bem, Londres dispensa comentários! Dentre alguns
programas, cito o Estadio Wembley, onde assisti Inglaterra e Escócia. O despoluído
e belo rio Tâmisa que corta Londres, um ex Tietê que curtimos o seu perfume e
não queremos despoluir, o Big Ben, da badalada pontualidade britânica, o Palácio
Buckingham, onde dentro não se pode fotografar, mas recebe-se panfletos
explicativos e adquirimos o manual Guia Oficial com fotos de tudo, cuja capa e
contra capa digitalizei e verão junto as fotos que seguem; o Museu Britânico,
Museu da Guerra, Restaurantes, Tavernas, Pubs os mais diversos, Festival de
Cervejas, Pubs, Pubs e Pubs.
Fomos a Paris,
via Euro Tunel, com o trem Euro Star, e lá Rio Sena, Torre Eiffel, Arco do
Triunfo, Museus, Tavernas e similares. Com sinceridade, prefiro dez vezes mais,
Londres. Mas Paris, tem seus encantos. Mais, na Inglaterra visitamos Oxford,
onde estivemos para visitar minha sobrinha Tamara e o Patrick, junto nesta
viagem o amigo do Órion, Bruno e Esposa. Visitamos Greenwich e dado a
proximidade, Stonehenge Down. Nos dias subsequentes, em Londres, restaurantes,
pubs, pubs e pubs!
Fotos dizem bem melhor que explicações:
Pois bem. Gostei. Mas, este ano, meu filho Órion me
pregou uma peça. Via Skype me disse.-“Pai, você está no compromisso agora e não
me falhe”- Acabei de comprar um passeio pra Grécia,um pacote para nós, Vita e
familiares, eu e pai, nas Ilhas Gregas, na Ilha Korfu, por uma semana. Já
aluguei carro pra seis pessoas, uma Doblo. Está tudo pago, hotel, etc. E o Pai
se vira para comprar passagem pra cá.”
Assim, este é o próximo programa a cumprir. 20 dias,
metade em Londres mergulhado num barril de ceva e outra metade na Grecia,
curando ressaca nas praias com frutos do mar e cevinhas.
Mas, isto é assunto para outra publicação, no retorno,
depois de viajar. Por ora, da Grécia, apenas o meu nome, Euro, citado já desde
a antiguidade, p.ex. no poema Tempestade, de Virgilio, poeta romano, mas
referendando a Grécia e seus mares e deuses. Saco!. E, este artigo que repito,
escrito já alguns anos passados, acho que publicado no tempo do Seareiro,
jornal precedente do Folha Sete, ali de Seara.
Pelas Searas da Vida
Euro Zanuzzo
“A clara Atenas foi que ao triste mundo,
O uso das
searas ensinou primeira, e
Fez
submissa às leis ditosa a vida...,”
Canto VI – DA NATUREZA –
Lucrécio
No
canto de Lucrécio, poeta romano, a exaltação da Natureza e do seu filósofo
maior, EPICURO, grego, cuja doutrina denominada Epicurismo, traça um ideal de
vida que subordina harmoniosamente as forças da natureza, à vontade e
inteligência do homem.
Dizendo
um forte Não aos maléficos Deuses da invencionice e ignorância humana, prenha
de Temores e Superstições, ele quer a Vida, Alegria de Viver !. O Homem e a
Natureza completando-se inteligente e harmoniosamente. A isto, Ele, Epicuro,
denomina de forma observadora...”Primeiros corpos., Princípios.,Corpos
Genitais., Matéria.,”.., E do Grego ao seu discípulo Latim,e deste ao nosso
brasileiro português “Ad
nihilum res posse, neque autem crescere de nihilo”.- ou seja, “Nada sai
do nada e nada volta ao nada”.
É
o princípio que tanto tempo depois, e bem depois do Renascimento que rebuscou a
cultura grega, veio a expor Lavoisier. E, quero, agora..., que vocês permaneçam
comigo nesta linha de pensamento, que trato e quero apenas na ordem científica.
Não se trata de uma afirmação ímpia. Não há corpos nenhum que se aniquilem.
Tudo, mas tudo volta à massa universal da qual saíram. Corpo e alma retornam à
natureza que os gerou. A morte é natural, dês que então retornamos a ser aquilo
que antes fomos. Morte e vida são fatos para a Natureza administrar, ela que a
tudo preside e que faz o que precisa ser feito por ser de seu ordenamento.
Vá
que chamemos a Ela de Deus, ou que Deus está na Natureza, ou até extensão de
sua submissão. Nós costumamos dizer; “Deus é bom !., “A natureza é santa”., mas
sabemos que isto é apenas uma afirmação de nossa vontade, fruto ou
reminiscência dela, da mesma forma como dizemos que isto e aquilo é “castigo de
Deus” e “benção dos céus”. Coisa que nem os antigos gregos acreditavam, mas já
diziam.
Harmonia
do Viver, sem Temor do Morrer. Este é o ensinamento dos gregos e de Epicuro.
Mirremo-nos no exemplo de Atenas. Não façamos deste mundo um Mundo triste.
Usemos de nossa Seara com sabedoria, submissa às leis da Natureza com todas as
nossas atividades e a vida certamente nos será Ditosa, Feliz.
Quem
agride a Natureza não pode esperar que Ela o ampare no futuro. Ela vai é lhe
dar o troco. Isto não é vingança. É apenas o matematicamente correto. Se você,
por exemplo, destrói o Verde, como é que vai querer depois um ciclo normal de
chuvas, se o verde faz parte integrante deste cíclico sistema. Aí, não adianta
fazer “procissão pra chover”, ou “pular a dança da chuva”, pra ter água, boas
colheitas. Ora, Deus e Natureza não tem culpa de nossa Burrice. Nós cortamos a
manga que conduz a água e culpamos Deus por fechar a torneira !
Este
é o meu Recado para Hoje, para que fiquem mordiscando, depois de um meio-dia de
farta mesa, com suas redondas barrigas pensantes, cheias de boa vontade e temor
a Deus. E, será que nossos filhos e netos terão no amanhã a barriga satisfeita,
ou quem sabe talvez eles nem mais tenham barriga?!
Vai
então, mas vai rápido plantar a tua árvore, cuidar daquela nascente d’água,
fazer aquela curva de nível e a esterqueira de contenção, e...,bem, vai, Vai
com Deus e a Natureza usar bem da tua Seara. Conviva com Ela, para que ela
tenha sempre, em cada canto um Jardim e em cada Lar , um Berço de fartura.
Quero
finalmente lembra-los da existência de um Projeto denominado “Seara
Verde”. Pois bem. Este não é um projeto
só de alguém, não apenas mais um projeto da Prefeitura, ou do Prefeito que teve
a feliz iniciativa, ou da Câmara, ou da Secretaria da Agricultura e Meio
Ambiente, agora com meu amigo Agrônomo Renato Kako Tumelero. Não, NÃO ! É de
todos nós, searaenses, seareiros de um futuro melhor. É de nossa ação do Hoje
que poderemos vislumbrar o Amanhã, junto com Epicuro e a harmoniosa Natureza, a
nossa merecida “Alegria do Viver, sem temor do Morrer !”.