Por ser.,
Euro Zanuzzo.
Apenas uma seara se faz minha esperança,
enquanto Terra, me espera.
Eu que me deixei levar no
devaneio do viver,
torta e angustiante realidade..,
louca incompreensão
do querer.
Ingênuo, quis-me importante.
Luz
quis ser no campo de trigo ardente,
seareiro de estreitas letras, ceifa...
ah!
míseras,
mesquinhas
letras de mim ausentes.
Messe que eras
de um sonho pueril, hoje
repositório
autêntico, que o mofo e a poeira
guarda tal qual me
escondo,
esquecido quarto,
renegadas sementes,
ausentes na verde
seara de um sonho imaginável.
Apenas
tu, amiga Terra,
serena
me espreitas de tuas colinas.
Enquanto a noite desce, eu
faço uma
prece a Seara do Senhor.
Para este sonho perdido
renascer,
Em novo tempo de plantios e do querer,
juntando letras,
toscos pedaços...
partidos de meu peito, juvenil
abraço...
Quando
a mão do Semeador deixar-me
para novamente
ser., mistura do teu chão,
poema
de teu Ser
e ser
tão somente, semente e pó,
Verdor, umidade.
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