quinta-feira, 30 de abril de 2015

A CULTURA EM SEARA-Explicação preto no branco

Considerações próprias e que julgo necessárias:
Já em anteriores publicações fiz ver de minha preocupação pela divulgação dos múltiplos aspectos culturais de Seara e região, e que ao longo da minha vida dedicada em grande parte à educação e a cultura, tive sempre presente esta apreciação da cultura na sua amplitude maior, resultante do somatório de suas manifestações principalmente ditadas pela diversidade das etnias de nossa formação histórica, na maneira de viver de cada uma delas e o extrato disto resultante na seara agremiação, a nossa visão do hoje, do que temos, somos, pensamos e acreditamos.
Desde o autóctone, o índio presente na região, mesmo que de forma sazonal, com a sequência do caboclo do contestado, ao aporte do colonizador das etnias italiana, alemã e eslava, combinando já uma primeira e segunda geração abrasileiradas e assimilando o modo de vida gaúcho e pampiano, rangendo rodas de carroças de bois e muares e na garupa do cavalo de uma marcha ocupacional e colonizadora, a adentrar as divisas do oeste catarinense pelo Rio Uruguai e depois dirigida ao Estado paranaense, um Brasil diverso na sua ordem territorial se formou, uma consciência Iguaçuana social, política e econômica. É uma nova cara. É um novo contexto de Brasil.
Assim, aqui, da Criciuma que hoje vivo, quero registrar neste modesto “blog” o que penso deste processo evolutivo com os elementos poucos do que disponho na ordem documental, de fotos e textos históricos produzidos e não divulgados, o que no futuro alguém dedicado ao assunto poderá desenvolver e aprimorar. E, então, alguém e alguns perguntarão?!-Mas porque não publicou quando aqui em Seara estava? – Respondo.- Por motivos éticos. Trabalhava para servir e não para me servir e dar azo e pompa em proveito próprio, divulgando obra minha. E também, por falta de disponibilidade própria.
Quem comigo conviveu e quem me sucedeu tinham conhecimento do trabalho e escritos meus. Por anos seguidos e mandatos aguardei alguma manifestação e interesse, por nada. Publico então uma carta endereçada por mim no final de 2004, franco, aberto e liberal como sempre procurei ser, doc. sequencial, onde se estampa uma situação cujo teor quem a lê saberá interpretar.
Uma campanha orquestrada em estranha seara de interesses que desconheço até hoje me declaravam em 2004 como um “aposentado” a tomar lugar de alguém apto e capaz. Ora, lhes respondo que neste ano de 2015, onze anos após, aposentei-me junto ao INSS. Pouco recebo pelo fato de não ter ainda conseguido o tempo de serviço no Estado, cerca de 30-trinta anos, e de Prefeitura ou Fundação, mais 8-oito anos, para agregar ao tempo de serviço por revisão e ganhar algo mais, mas por ora sobrevivo.
Explico mais nesta exposição que julguei necessário fazer a quem tenha interesse de seguir meu “blog”, que não culpo ninguém, não tenho ressentimento ou rancor, peço perdão a quem eventualmente tenha ofendido e perdoo a todos da mesma forma. O agora publicado, todos os escritos e alguns de dezena de anos antes, desde outubro/2014 do início do blog, é pelo fato de só agora ter esta disponibilidade, então, antes tarde do que o devir do nunca que me e nos aguarda ali e por ali em frente. Abraço a todos!



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